Paulo Epaminondas Ventania Porto
Paulo Epaminondas Ventania Porto, conhecido como Paulo Porto, nasceu em Muriaé, Minas Gerais, no dia 1º de setembro de 1917.
Destacou-se nas áreas do teatro, rádio, cinema e televisão. Entre as décadas de 1940 e 1980, atuou em muitas peças teatrais e radioteatrais, de diversas companhias e emissoras. Participou de dezenas de filmes ao longo de sua carreira, trabalhando inclusive como diretor e produtor.
Em 1941, teve seus dados pessoais registrados pela DOPS/PE quando participou do elenco da Companhia de Comédias Joracy Camargo, que se apresentava no Teatro de Santa Isabel. Procedente do Rio de Janeiro, declarou ser solteiro e ter 24 anos de idade. Naquela época, outros artistas da mesma companhia foram registrados pela delegacia, entre eles, os atores Paulo Ferráz e Walter Louzada.
Dentre seus principais trabalhos no teatro, pode-se destacar a encenação “Romeu e Julieta” (1938), do Teatro do Estudante – a primeira grande montagem de Shakespeare no Brasil, sob a direção de Itala Fausta. Estudante da Faculdade de Direito de São Paulo, o ator contracenou com Sonia Oiticica em papel principal. Essa encenação foi considerada um marco do fim da utilização do ponto em espetáculos teatrais e também seus interpretes aprimoraram muito certas técnicas de composição de personagens.
Em entrevista concedida a uma publicação periódica, o ator revelou que estreou no teatro profissional na Companhia Procópio Ferreira na peça “O avarento”. No início dos anos 1940, o ator viajou por todo o pais acompanhando as companhias teatrais de Procópio, Joracy Camargo e Mesquitinha. Em 1942, interrompeu os trabalhos no teatro para retomar os estudos jurídicos, formando-se bacharel em 1944. Retornou aos palcos para contracenar com Bibi Ferreira, com quem foi casado, na montagem de “A moreninha”, baseada no romance de Joaquim Manuel de Macedo.
Paulo Porto destacou-se como um dos principais nomes do radioteatro brasileiro, participando de grandes sucessos como o programa “Casal do barulho” (1944), da Rádio Tupi. Nos anos 1950, compôs o elenco teatral da Rádio Tupi, ao lado dos atores Paulo Gracindo e Orlando Drummond, chegando a ser diretor da área de radioteatro da emissora em 1952.
No cinema, atuou nos filmes “Asas do Brasil” (1947), “Inconfidência mineira” (1948), “Milagre do amor” (1951), “Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa” (1968), entre outros. Em “Um ramo para Luiza” (1965), foi ainda produtor e roteirista. Um de seus trabalhos cinematográficos mais marcantes foi “Toda nudez será castigada” (1972), adaptação de Nelson Rodrigues dirigida por Arnaldo Jabour, filme no qual Porto também participou como produtor.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 03 de julho de 1999.
Ficha Consular - Frente Dezembro de 1947 Arquivo Nacional
Ficha Consular - Verso Dezembro de 1947 Arquivo Nacional
Ficha Consular - Frente Março de 1949 Arquivo Nacional
Ficha Consular - Verso Março de 1949 Arquivo Nacional
Ficha Consular 02 - Frente Março de 1949 Arquivo Nacional
Ficha Consular 02 - Verso Março de 1949 Arquivo Nacional
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