Olímpio Bastos

Olímpio Bastos (ou Olympio Bastos), conhecido no mundo artístico como Mesquitinha, nasceu em uma família de atores na cidade de Lisboa, Portugal, no dia 19 de abril de 1902. Ganhou notoriedade nacional por trabalhos no cinema, rádio, teatro e circo brasileiros.

Ainda menino, aos cinco anos de idade, veio para o Brasil na companhia de parentes, os atores Olympio Mesquita e Maria de La Salette, passando a viver na cidade de São Paulo a partir de 1907. Seus padrinhos atuavam em companhias teatrais, sendo o nome artístico do ator uma alusão ao nome do padrinho, Mesquita. Antes de completar 10 anos, estreou precocemente no espetáculo “A grande fita”, pela Companhia Arruda-Gonçalves, no Teatro Boa Vista, em São Paulo.

Em 1927, Mesquitinha transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde atuou em diversas companhias de teatro, dentre as quais a Companhia de Revista Margarida Max. Nos anos 1930, após uma sequência de destacadas criações cômicas, passou a dirigir a Companhia de Teatro Mesquitinha-Alma Flora, da qual participaram também os atores Augusto Rangel e Modesto Bittencourt de Souza. Incansável, Mesquitinha também formou um trio com Modesto de Souza e Natara Ney. Em paralelo, não deixou de trabalhar em circos que passaram pela capital, particularmente no Democrata-Circo.

Com experiência em outros campos artísticos, Mesquitinha enveredou pelas ondas do rádio. Mais precisamente, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde apresentou o programa humorístico “Casa de doidos”, além de atuar como rádio-ator. Segundo o “Diário Carioca”, assim o apresentava a P.R.E. 8:

Mesquitinha como estudante era uma lástima. Porém, como garoto prodígio, era um successo único. A família dava o desespero. Iria sair um peralta, um vadio, o diabo do garoto. Só não podia pensar era que Mesquitinha podia vir a ser o cômico número 1 do theatro, do cinema e do rádio no Brasil.

A Companhia de Comédias Mesquitinha esteve na cidade do Recife por mais de uma vez. Em 1941, o grupo apresentou um repertório de comédias que incluía “Hotel da felicidade”, “Ciumenta”, “O folgado” e “Hás de ser minha”. Nessa ocasião, Mesquitinha e outros atores de sua companhia foram registrados pela DOPS/PE. Uma década depois, em 1951, o ator retornaria ao Recife, acompanhado de Natara Ney e Perpétuo Silva, com o Trio Gargalhada para cumprir temporada na Rádio Tamandaré .

Ator completo, foi através de trabalhos no cinema que Mesquitinha mais se destacou. Ao lado de artistas consagrados como Grande Otelo, Oscarito e Carmen Miranda, atuou em dezenas de filmes, trabalhando inclusive como diretor em “João ninguém” (1936). Entre os trabalhos mais importantes de Mesquitinha, salienta-se sua interpretação no filme “Simão, o caolho” (1952), do diretor Alberto Cavalcanti. Poucos anos depois, em 1956, o ator faleceu no Rio de Janeiro.

 

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