O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos

Maria de Lourdes Argollo de Mello

Maria de Lourdes Argollo de Mello, conhecida na vida artística como Dilú Mello, nasceu em Viana, no Maranhão, no dia 25 de setembro de 1913.

Criada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, começou a estudar música e violino aos cinco anos de idade. Aos nove anos, iniciou seu aprendizado de violão e piano. Sua primeira obra, uma valsinha, foi composta quando Dilú tinha apenas dez anos. Aos treze anos, tirou diploma no Conservatório de Música de Porto Alegre, realizando na mesma época um concerto no Theatro Colón, na Argentina, ao lado do também precoce pianista Angelito Martinez, e tocando no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1930, Maria de Lourdes terminou os estudos de canto lírico e abandonou a música clássica, passando a se dedicar à música regional gaúcha e de países vizinhos. Nesse período, sua família morava no Rio de Janeiro, onde Dilú Mello foi ouvida cantando e tocando violão em uma festa pelo maestro Martinez, que a levou para tocar na Rádio Cruzeiro do Sul.

Cantando no rádio, Dilú Mello chamou atenção suficiente para ser convidada a gravar. Seu primeiro disco foi lançado em 1938 e a partir de então, Dilu alcançou grande destaque como cantora folclórica.

Em outubro de 1946, foi fichada pela DOPS/PE. Informou como local de trabalho o Teatro de Santa Isabel, onde se apresentou no dia 13, cantando várias músicas de seu repertório, fechando o espetáculo com “Fiz a cama na varanda”, seu grande sucesso.

No dia 20 seguinte, despediu-se do público pernambucano, com recitais realizados antes da exibição de filmes nos cinemas Boa Vista e Eldorado. Segundo a imprensa local, Dilú voltaria ao Recife em novembro de 1947 para apresentar-se no Teatro de Variedades, na Festa da Mocidade, do qual também faria parte Lilia Naldi.

Dilu Mello faleceu no dia 27 de abril de 2000 no Rio de Janeiro.

Para ouvir Dilú Mello

No site do Instituto Moreira Salles, estão disponíveis algumas gravações de Dilú Mello, dentre as quais o xote “Fiz a cama na varanda”, de sua própria autoria em parceria com Ovídio Chaves, registrado por ela em meados dos anos 1940.

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