Bar Royal
Presente na rua Mariz e Barros, no Bairro do Recife, desde a década de 1930, o Royal ainda hoje está inscrito na história da boemia recifense. Sua presença, segundo os periódicos da época, já mesclava diversão e confusão, a exemplo de outras casas diversionais. É claro que os órgãos de repressão estavam observando o local. As informações obtidas sobre o estabelecimento foram retiradas do prontuário de investigação produzido pela DOPS/PE sobre a alemã Yette Singer. Nele, encontramos um cartão de visita do bar no qual Yette foi mencionada como sócia do local, ao lado de Anita Orenstein. No cartão, também está dito que o bar permanecia aberto toda a noite.
As desavenças ocorridas no estabelecimento estão citadas em várias notícias. Em 1936, a garçonete do Royal Analia Feitosa de Souza foi agredida pelo servente do estabelecimento Aldemon da Silva (“produzindo-lhe contusões no rosto”, disse o “Jornal Pequeno” de 19.11.1936).
Outras duas brigas foram noticiadas, agora no ano de 1939. A primeira envolveu a proprietária do bar Anna Eisen (certamente Anita Orenstein) e seu marido, agredidos pelo cliente Luiz de Castro, que se negou a pagar seu consumo no estabelecimento (“Jornal Pequeno”, 04.01.1939). Já a segunda briga envolveu Rudolphi Tapoper, que teria ferido Francisco Soares de Moraes (“Diario da Manhã”, 20.10.1939). Em outra ocasião, Joaquim Correia de Sousa, em libações alcoólicas, agrediu fisicamente Edson Dias (“Jornal Pequeno”, 03.02.1952). O Royal ainda está em funcionamento. Atualmente, é administrado pela família Ribeiro – José Ribeiro, seu proprietário, trabalhou durante 22 anos no Gambrinus (e ainda no Texas Bar) antes de comprar o Royal de um português em 1971.
Compartilhe: