Walter Louzada
Walter Louzada (ou Valter Louzada) nasceu no Rio de Janeiro entre 1919 e 1920. Filho de Olga e Guilherme Louzada, seguiu carreira artística a exemplo de seus irmãos mais velhos, Armando e Osvaldo Louzada.
Valter chegou ao Recife em 1941 como parte do elenco da Companhia de Comédias Joracy de Camargo, que cumpriu temporada no Teatro de Santa Isabel em agosto daquele ano. Seu nome figura entre os atores do grupo e também entre seus técnicos. Em notícia publicada pelo “Diario da Manhã” divulgando a temporada da companhia, Valter é citado como eletricista da trupe. Informação corroborada pelo fato de que seu pai, Guilherme Louzada, trabalhava como engenheiro eletricista, tendo sido responsável pela instalação das primeiras lâmpadas elétricas na ribalta de diversos teatros do Rio de Janeiro.
Não foram encontradas mais informações sobre a passagem de Walter por Recife. No entanto, entre os arquivos do Departamento de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo, foi localizado um prontuário a seu respeito. Seu nome aparece em um queixa apresentada no Contencioso da Divisão de Diversões Públicas pelo empresário de circo José Batista Gouvêa, de 47 anos, português natural da Ilha da Madeira, contra Walter Louzada, que firmou contrato de locação de serviços com o declarante para trabalhar no circo Teatro Umuarama, de sua propriedade, a partir do dia 17 de abril daquele ano e a terminar no dia 17 de outubro do mesmo ano. Segundo o depoimento do empresário, o referido ator recebeu um adiantamento, mas sem causa justificada, deixou de trabalhar no circo e, portanto, solicitava providências da Divisão no sentido de reembolsá-lo. Louzada, por sua vez, compareceu à delegacia e pediu 60 dias para quitar a dívida, mas o empresário declarou que preferia ver o artista punido a receber a quantia devida. Assim, a polícia suspende Louzada de cumprir suas atividades de artista, estando impedido de emprestar qualquer colaboração artística a estabelecimentos de diversões públicas de São Paulo.
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