Nuripê Bittencourt

Nuripê Bittencourt nasceu em Minas Gerais em 1910. Fez carreira artística no teatro e cinema.

Saiu de sua terra natal para o Rio de Janeiro onde começou sua trajetória como ator, participando inicialmente de algumas peças e festivais do teatro amador. Um deles em comemoração aos dois anos de funcionamento do Atheneu Dramático Suburbano, localizado no bairro de Todos os Santos, no Rio de Janeiro. Segundo a imprensa local, Nuripê Bittencourt teria subido ao palco duas vezes: a primeira, como integrante do elenco da peça “O capira do Tinguá” de Eduardo Rocha, encenada no dia 23 de agosto de 1930, segundo o “Diário da Noite”. No dia 30 do mesmo mês, retorna ao palco da casa para atuar na peça “Anjo da guarda”, conforme notícia veiculada pelo “Diário Carioca”. Conforme este jornal, NuripêAtor seria um dos homenageados das festividades ao lado de Orlando Joaquim de Oliveira.

Ainda no circuito teatral dos subúrbios cariocas, o ator fez parte do Grêmio Cívico Literário de Inhaúma, trabalhando nos festejos joaninos da entidade, considerados pela imprensa como dos mais empolgantes da região. Além disso, Nuripê adaptou, dirigiu e tomou parte da peça “Frankstein ou o monstro da ciência”, levada ao palco do Casino de Bangú, e atuou como diretor em espetáculos teatrais da Sociedade Artística Recreativa. Nuripê ainda abria espaço aos festejos de Momo, participando ativamente do bloco Embaixada dos Independentes, no bairro de Inhaúma.

Mas nem só de teatro amador vivia Nuripê. O multiartista foi ator na Companhia de Procópio Ferreira na montagem da encenação A carreira de Zuzú,em 1935. E no ano seguinte, respondeu pela direção cênica da peça “Da ribalta ao camarim”, dirigida e produzida pela atriz Adriana Sages, exibida no Teatro Serrador. Posteriormente, integrou o elenco de importantes companhias e revistas de teatro naquela cidade.

A passagem do artista pelo Recife se deu em 1940. Na ocasião, Nuripê integrava o elenco da Companhia Renato Vianna e seu Teatro, que, depois de dois anos, retornava à cidade para apresentar no Teatro de Santa Isabel temporada intitulada “A história de uns amores que Dumas Filho não contou”, cuja estreia foi marcada pela apresentação da peça “Margarida Gautier, a nova dama das camélias”.

No cinema, participou das produções “Alma e corpo de uma raça” (1938), “Maridinho de luxo” (1938) e “A sedução do garimpo” (1941).

 

Compartilhe: