Moyses Friedman

Moyses Friedman (ou Moises Friedman) era brasileiro e, possivelmente, nasceu entre 1933 e 1934.

Atuou como músico e compositor entre as décadas de 1930 e 1950. Brasileiro de ascendência judaica, segundo o historiador Orlando Barros, a atuação de Friedman, entre outros, indica o quanto foi comum a presença de judeus no ambiente artístico brasileiro desse período.

Moyses foi registrado pela DOPS/PE em 20 de janeiro de 1937. Declarou como local de trabalho o Imperial Casino. Era solteiro e tinha vinte e três anos de idade. Como documento de identidade, apresentou a carteira do Centro Musical do Rio de Janeiro.

No início de sua carreira, participou do conjunto dirigido por Otaviano Romero Monteiro, conhecido como Maestro Fon-Fon. A chamada Orquestra do Maestro Fon-Fon, criada em meados de 1935 para se apresentar no Casino Assyrio, no Rio de Janeiro, contou com a participação de Fats Elpídio no piano, Pernambuco no pistom, Zacarias no Clarinete, e Moises Friedman na bateria. Nesse mesmo período, a Dupla Preto e Branco, formada por Francisco Sena e Herivelto Martins, gravou a canção “Bronzeada”, de autoria de Moises Friedman e Pedro Paraguassu. São ainda composições do músico as marchinhas e sambas “Zumba”, “Carnaval na rua” e “Velha Carmem”.

Durante os anos 1940, trabalhou na Orquestra Chiquinho e seu Ritmo, ao lado do maestro Chiquinho, Francisco Duarte. Tal conjunto musical participou de diversos trabalhos produzidos pelas gravadoras Columbia e Continental. Em 1952, Moises envolveu-se em um processo contra a empresa Irmãos Vitale, do ramo de edições e registros musicais, em que contestava o valor recebido referente aos direitos autorais do samba “Zumba”.

 

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