Juan José Pablo Jesonun

Juan José Pablo Jesonoun, conhecido na vida artística como Chang, nasceu na Cidade do Panamá no dia 27 de dezembro de 1889.

Mágico, Juan também era empresário teatral, segundo os registros do prontuário individual 9680 produzido pela DOPS/PE.

Em fevereiro de 1945, Chang deslocava-se no vapor argentino Tunuyan entre Nova Orleans (EUA) e Buenos Aires (ARG). Ao atracar no Porto do Recife, o mágico decidiu desembarcar na cidade com a finalidade de adiantar sua viagem por avião. Seu passaporte havia sido visado pela última vez em dezembro do ano anterior, na Argentina. Como dessa vez sua viagem se iniciara nos Estados Unidos, onde fora adquirir novos equipamentos para um show no Cone Sul, seu passaporte não o habilitava a interromper a viagem neste porto, á falta de qualquer visto da autoridade consular no porto de procedência. Assim, Juan foi prontuariado pela DOPS/PE.

Chang, ilusionista de fama mundial, havia passado no Brasil no ano anterior como turista, tendo entrado pelo Rio Grande do Sul. A DOPS/PE recorda que o mágico fizera uma turnê pelo país 20 anos antes, ocasião em que também visitara o Recife com um grupo de artistas ilusionistas e prestidigitadores, com apresentações no Teatro do Parque.

Em 1946, o ilusionista retornou para o Recife com sua nova companhia, apresentando no Teatro de Santa Isabel, segundo o “Jornal Pequeno”, uma luxuosa fantasia oriental. “Uma viagem ao Inferno” manterá um ritmo movimentado, com laivos de espetáculo de revista, para o qual conta com um corpo de ‘girls’ e com outros números de êxito seguro, entre os quais o malabarista Mong Wow Fin. O jornal destaca ainda que a companhia se apresentara com sucesso na América do Norte, Central e costa do Pacífico, tendo chegado à capital pernambucana após temporada de três meses no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. A companhia também apresentou a fantasia intitulada “Paraíso Oriental Encantado”, com renda revertida para a Cruz Vermelha.

Em nota emitida pela Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco (SSP) em 1953, informa-se que Chang não possuía quaisquer antecedentes criminais e que seu prontuário havia sido aberto com finalidade meramente informativa.

 

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