Teatro do Derby

DM_19500607_TEATRO_DERBY

Diário da Manhã, 07.06.1950. APEJE-CEPE

 

Em 1901, o “Jornal Pequeno” já divulgava notas a respeito de uma movimentação cultural em um certo Theatro Derby. As 6 horas estreá dos grandes Torneios Athleticos. Convida-o o publico a visitar o novo Theatro Derby onde confortaveis e ventiladas galerias para familias. Alem destas muitas outras diversões preparam-se naquelle aprazivel local. Todas as noutes a excellente musica do 34 batalhão de infanteria abrilhantará as festas, fazendo-se ouvir nas melhores peças de seu repertorio. Serviço de bonds a capricho. Entrada franca todas as pessoas bem trajadas, Verdadeiras novidades para esta capital. No entanto, o cine-auditório da então Força Pública de Pernambuco, agora chamado de Teatro do Derby, foi inaugurado em setembro de 1936 com a presença do então Governador do Estado Sr. Carlos de Lima Cavalcante e do Comandante Geral do Exército Cel. Jurandir Bizarra Mamede. Sendo um anexo ao Prédio do Comando Geral da Policia Militar de Pernambuco, logo se incorporou à vida político-militar e à vida dos moradores das áreas próximas ao Quartel do Derby.

Em meados de 1949, os jornais pernambucanos noticiaram que, em virtude da reforma do Teatro de Santa Isabel para as comemorações do seu centenário, os diversos grupos do teatro amador que atuavam no Recife passariam a ocupar o Teatro do Derby. Para isso, aumentaram a quantidade de assentos na plateia, o que tornou o lugar apto a espetáculos mesmo após a volta do funcionamento do Santa Isabel. O teatro recebeu, em 1950, o Festival de Cinema Pernambucano, patrocinado e produzido pela Diretoria de Documentação e Cultura e o Cine Clube do Recife. Entre os filmes exibidos na estreia estavamJurando vingar e “Aitaré da Praia. O sucesso foi tanto que o Cine Clube do Recife passou a realizar no teatro exibições periódicas. Ainda sob esse mesmo patrocínio, o conjunto musical Trio Recife apresentou um concerto composto por um repertório de autores clássicos e modernos (“Diario da Manhã”, 11.05.1950). O ecletismo era uma marca da casa: até mesmo espetáculos de luta livre aconteceram ali.

Entre os grupos teatrais que se apresentaram no Teatro do Derby, a DOPS/PE registrou dados de diversos artistas da Companhia Internacional de Revistas, Mágicas e Atrações Mundiais Richard Junior, que contava com um corpo de vinte girls e um total de quarenta artistas, segundo nota publicada no “Diario de Pernambuco” durante a passagem da trupe pelo Recife em janeiro de 1950. Entre os artistas fichados, Miguel Cruz Herra, Maria Gregória Aranda, Nélida Margarida Gonzales, Norma Lucy Varas, Pilar Fernandez Campos, Pompea Rabaiodli Teixeira, Raul Ojeda, Rebeca Nelson, Rina Colosi Izquierdo e Samuel Laranjeira.

 

Compartilhe: