Manoel Araújo

Manoel Pereira de Araújo (ou Manoel Araújo), conhecido como Manezinho Araújo, nasceu no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, no dia 27 de setembro de 1913.

Manezinho Araújo foi pintor, jornalista, cantor e compositor, com sólida carreira no rádio e no cinema, tendo sido batizado pela crítica radiofônica de Rei das Emboladas.

Registrado pela DOPS/PE como artista no dia 30 de novembro de 1938, Manoel declarou à polícia ter como local de trabalho na ocasião o Grande Hotel.

A estreia do cantor no estabelecimento atraiu um público numeroso ao grill room do hotel mais elegante da cidade, além dos muitos elogios à sua performance, conforme noticiou no dia 04 de outubro o “Diario da Manhã”.

Em 1940, o artista foi tema de uma reportagem da revista “Carioca, publicada na cidade do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, Manezinho atuava em um programa da Rádio Mayrink Veiga, considerado um verdadeiro e brilhante sucesso do broadcasting carioca. O cantor foi descrito na matéria como uma figura popular que teve o grande êxito de levar para aquela cidade o ritmo quente e buliçoso das emboladas.

Sobre o início de sua carreira no Recife, revelou que participava de muitas serestas e cantorias de rua, principalmente no bairro de Casa Amarela, tornando-se conhecido em toda a cidade e presença disputada nos festivais e bailes locais. Ainda naquela reportagem, gabava-se de sua popularidade junto ao público feminino, comentando que durante uma de suas apresentações, duas fãs teriam se agredido fisicamente porque ele namorava as duas.

Manezinho Araújo participou de alguns filmes ao longo de sua carreira, como as produções “Laranja da China” (1940), “Pega ladrão” (1940), “Tristezas não pagam contas” (1943), “Astros em desfile” (1942), “Está com tudo” (1952) e “Amor para três” (1958).

Manezinho Araújo faleceu aos 79 anos, no dia 23 de maio de 1993.

 

Para ouvir Manezinho Araújo

No site do Instituto Moreira Salles estão disponíveis algumas gravações de Manezinho Araújo, entre as quais a embolada “Baile na roça”, de sua própria autoria, registrada por ele em 1937.

http://bit.ly/1fI8XcV

 

Compartilhe: